Quatorze de abril de mil novecentos e doze

A data já passou, mas como cem anos não são cem dias a data tem que ser celebrada o ano inteiro. Um campeonato pelo menos já foi ganho. Um presente já foi dado. Mas mesmo que não houvessem conquistas no ano do centenário, posso afirmar com tranquilidade que o Santos FC é um time afortunado e com a cabeça erguida o alvinegro praiano, no seu centenário, pode comemorar e muito suas conquistas. As glórias passadas com  o bicameponato da América e o bicampeonato mundial. Os anos de decadência com a tradição de colocar as faixas penduradas de ponta cabeça. Com os 34 anos de espera por um campeonato brasileiro. Os anos em que torcer para o Santos FC era ser chamado de viúvos de Pelé. Torcedores de museu. As glórias atuais com os dois campeonatos brasileiros e a mais do que cobiçada Taça Libertadores, em 2011.

Para os que se divertiam às nossas custas, hoje aos cem anos, nós santistas podemos afirmar que estamos em plena forma. E orgulhosos podemos dizer que somos viúvos de Pita e Serginho Chulapa, de Geovani, de Robinho e Diego, e talvez, talvez não, seremos num 2015 ainda distante, viúvos de Ganso e de Neymar. Um viva aos grandes jogadores que envergaram o manto branco. Muitos deles inspirados pelo Rei, é fato. Um viva a Pelé. Vida longa ao Rei. E acima de tudo vida longa aos novos Reis da Vila. Aos cem anos caminhamos para nos tornarmos ainda melhores. Aos cem anos ainda temos muito que conquistar.


PS. O centenário do Alvinegro Praiano me inspirou a pedir a Anna para que eu voltasse a compartilhar novamente esse espaço com vocês e por isso amigos amadores peço permissão, agora a todos, para voltar a narrar, descrever e contar as peripécias do time do amor, do time da virada, do Santos FC.