O Campeonato Paranaense 2011 não poderia passar impune.
Todo ano temos alguma trapalhada da Federação Paranaense de Futebol para manchar o estadual.
Em 2009-10 foi o regulamento esdrúxulo com o tal 'super-mando', já comentado aqui no blog.
Em 2011 o campeonato seguia tranquilamente quando de repente...
Alguém descobriu que houve um engano no registro de um jogador contratado pelo Rio Branco, time do litoral do estado.
O nome do jogador era Adriano de Oliveira Santos, supostamente registrado na Federação Paulista de Futebol. Como o registro dele não foi encontrado lá, indicou-se ao time o registro de Adriano Oliveira dos Santos que constava da Federação Capixaba de Futebol.
Por óbvio, apesar da proximidade dos nomes, tratava-se de pessoas diferentes.
O Rio Branco, sem se dar conta do erro, enviou o registro do jogador para a Federação Paranaense que, sem conferir nada do que carimbaria, protocolou a papelada.
Enfim, o clube foi a julgamento ainda durante o campeonato e foi condenado apenas ao pagamento de multa [a pena máxima previa perda de pontos, muitos pontos].
O campeonato continuou normalmente até que o Paraná Clube se viu na absurda situação de ser rebaixado para a divisão de acesso do estadual por pura incompetência administrativa e percebeu que, caso o Rio Branco perdesse os tais pontos, o time da Vila Capanema não passaria por mais este vexame.
Ontem à noite ocorreu mais um capítulo desta novela, julgamento de recursos no TJD-PR.
Mais uma vez foi preservado o futebol que rolou em campo. Rio Branco paga multa mas não perde pontos. Paraná na divisão de acesso.
Mas claro que isso não ocorreria sem sustos, né? Chegaram a dizer que "conferir os documentos é responsabilidade do clube e não das federações". Ora, então para que servem as federações? Arrecadação de taxas pura e simples? Outra questão, levantada pela
Gazeta do Povo durante a semana, os componentes do tribunal não recebem pelo trabalho, não são profissionais do direito desportivo mas sim, em sua maioria, conselheiros ou torcedores notórios de algum dos 3 clubes da capital. O que se pode esperar de um tribunal com tal composição?
Próximo capítulo [mas não o último ainda]: STJD.
Vamos acompanhar.